Águas claras são teus olhos
Na transparência de sua alma
E na profundidade de sua inocência
Mil homens se afogaram
Pois perdidos se atiraram
Águas turvas são teus olhos
E nelas ninguém pode se equilibrar
Vem e vão amantes incertos
E caem desatentos
São dali levados pelo vento
Águas cegas são teus olhos
Errantes, erradas
Se deixam enganar e se punem
Fogem da maré alta
Derrubam barcos e copos
Águas frias são teus olhos
Recebem calor e nada dão em troca
Deixam que vaguem à vontade
Verdades de gelo
À deriva de tua saudade
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